A actriz nortenha Evelina Pereira

Evelina Pereira aposta na representação, no papel de vampira

Sara Oliveira
 
Muitos ainda a associam às passarelas, mas é na televisão que Evelina Pereira, de 31 anos, dá agora cartas.
Na minissérie da TVI "Destino Imortal", ela é a vampira Valentina e mostra o que aprendeu nos Estados Unidos. Em terras do Tio Sam, a portuense estudou representação, concretizando o sonho de criança. Ser actriz era um desejo antigo que, em 2004, começou a ganhar forma. Foi nesse ano que Evelina largou uma carreira na moda já consolidada em Portugal e se mudou para Nova Iorque, onde viveu durante cerca de ano e meio. Depois, foi para Los Angeles, onde permaneceu até surgirem convites para trabalhar por cá. Ainda na América das oportunidades, fez muito teatro e participou em séries e filmes. "Backlight" foi um deles e estreia cá ainda este ano. Enquanto isso, a moda ficou para segundo plano.
A estreia de "Destino Imortal" correspondeu às suas expectativas?
Para mim, sem dúvida, e a nível de audiências também correu muito bem, validando a aposta feita pela TVI e pela Plural. É uma série pouco convencional, num formato também pouco usado em Portugal, tornando possível à ficção nacional continuar a evoluir.
Teve "feedback" das pessoas?
Sim, tenho tido um "feedback" muito positivo, tanto acerca da minha participação como da série em geral. Penso que o público está sedento de séries diferentes, enredos novos com elementos inovadores, e "Destino Imortal" tem todos esses ingredientes.
Interpretar Valentina foi especial?
Foi o meu primeiro trabalho como actriz em televisão em Portugal e a oportunidade de começar logo com um papel tão pouco convencional foi um desafio que me atraiu de imediato. Criar uma vampira exigiu um trabalho completamente diferente do que alguma vez tinha feito. Aprendi bastante e foi muito bom poder trabalhar com uma equipa tão profissional.
Como é que se preparou para o papel?
Vi alguns filmes e séries para me informar um pouco mais sobre este mundo dos vampiros e fechei-me em casa para poder trabalhar e criar os vários aspectos da minha Valentina.
Foi bom voltar a Portugal para trabalhar na área em que in-vestiu no estrangei-ro, a representação?
Foi muito bom, principalmente por ser numa produção fantástica como a do "Destino Imortal", desde os actores aos escritores, produtores, realizadores, equipa de caracterização e técnica, etc... fiquei com uma enorme vontade de participar em mais projectos deste género e, se necessário, passar mais tempo em Portugal.
Vai voltar para Los Angeles?
Com as aulas e o curso terminado em Los Angeles, o meu objectivo neste momento é crescer como actriz e participar em projectos de qualidade, sejam eles realizados em Los Angeles, Portugal, Brasil, ou outro país qualquer. Estarei onde surgirem as oportunidades.
Além de estudar, também teve oportunidade de trabalhar por lá. O que fez, afinal?
Fiz vários filmes independentes, um deles a estrear cá em Portugal este ano, chamado "Backlight". Tive pequenas participações em "Ocean's 13", "Rush Hour", "Entourage" e "Nip Tuck", e fiz bastante teatro. Uma das peças que mais prazer me deu trabalhar foi "Closer", no papel de Alice.
O facto de falar vários idiomas pode ser uma mais-valia na sua carreira como actriz?
Penso que sim. O facto de falar outras línguas pode efectivamente ser uma mais-valia.
Também toca guitarra, violino e piano. Sente-se preparada para emprestar esses talentos a um personagem?
Embora em ficção tudo seja possível de "tornar real", é sempre bom poder usar aquilo que tenho aprendido ao longo dos anos para dar vida a um personagem.
Quais os seus actores de referência?
Sean Penn, Meryl Streep e, mais recentemente , Marion Cotillard.
E um filme que a tenha marcado?
"As pontes de Madison County".
Se pudesse escolher, que papel gostaria de interpretar?
Gostava de fazer um filme épico, do estilo Joana d'Arc mas baseado na história de Portugal.
Depois da Valentina o que se segue?
Para já, ainda nada em concreto.
Ser actriz é o que quer até ao resto da tua vida?
Sem dúvida, quero evoluir e crescer nesta área para continuar a "contar histórias" .
Então, que lugar ocupa agora a moda na sua vida?
Foi a minha profissão durante muitos anos, com a qual cresci, tive muitas experiências e aprendi bastante. Agora é tempo para outros desafios.
In JN

COMENTÁRIO: Muito bem amiga.

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